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sexta-feira, 26 de junho de 2020

Em breve o lançamento do livro Pariu. A mais nova poesia da literatura brasileira, do poeta Eduardo Primo, que elevará Igarapé Grande ao mundo da arte poética.

Pariu é a utopia e uma das grandezas dos sonhos do poeta, que respira e vive a esperança daquilo que acredita. Pariu é o mundo comum de ideias em movimento na visão dos eus pluralizados, que revive e rumina na vida de cada geração.

É a realidade da vida vivida no universo, paralelo, no mundo das essências. um mundo que ganha um novo sentido aos olhos da transparência.




O que se diz, ouve e fala é o cotidiano das gerações, em suas crenças, atitudes, cultura,  sonhos e do tempo. E há ponto de fuga, progresso e retrocesso na organização social e político, da vida de um povo, onde o novo  sofre resistências.

Em Pariu, as mentiras; os falatórios; a violência; as guerras; o dogma; a covardia; o amor; o místico e o sagrado; o mito... É tudo igual.



Só a ciência quebrou paradigmas para construir suas teorias baseadas nos mitos. E a ciência continua sendo o mito aprofundado em suas investigações científicas – verdadeiras ou falsas.

Assim, PARIU é o mundo no modo de ver e pensar o poeta, Eduardo Primo.

RESPIRANDO FORÇAS

Atrás de sombra e água fresca,
Homens no caminho
Gritam ao vento o riso que sente.
É como amar!

Respirando forças,
Cantam e dançam na roda.
O vinho já pesa na alma
E o calor queima
A baba dos párocos bêbados.

O poder de Deus é tão grande!
Veste de branco a alma dos inocentes.
E o templo imola a esperança
No olhar do artista que chora!

Atrás do manto existe a solidão.
É a nervura da máscara de ferro
Do grito que voa no corredor,
E grita ao vento o riso que sente a morte.

Não adianta enterrar no silêncio
A ira dos deuses e a obra dos santos.
Esse universo é negro, negro!
São as indulgências do templo,
Sobre as almas.

O templo é escuridão!
Não intercede a graça, de graça,
Nas aves de quantas, Mariasse foram...
E grita ao vento o riso que sente a morte.

O templo catequiza o medo
E lança na fogueira, sábios, ator e professor...
Julgam que são magos e feiticeiros.
Fere os deuses e os santos do templo.

Almas foram acorrentadas no carvão.
Em lágrimas brolhavam na fumaça...
Os sonhos queimaram em chamas!
Jugam que são magos e feiticeiros.
Fere os deuses e os santos do templo.

Séculos dos séculos se foram de ressaca
No cale-se adormecido no sexo de anjos...

O templo mata inocente, na fogueira,
Em nome do Cordeiro!
Misericórdia!        

                                              (Eduardo Primo)